A expressão “neutralidade da rede” pode parecer uma coisa difícil de entender. Mas vale a pena tentar. Porque se trata de uma questão técnica de grande importância, à medida em que reflete valores fundamentais do desenvolvimento da internet. Valores que moldaram essa rede mundial distribuída, onde todos os usuários, na ponta, têm igual poder de criar tecnologia e conteúdos, de compartilhar informações.
Internet neutra significa que nenhum pacote de dados pode ter prioridade de tráfego sobre outro, seja um pacote do Google ou um pacote de um blog anônimo. Todos são transmitidos segundo as mesmas regras e critérios. Até agora, e em tese.
Porque esse princípio está sob ataque, alerta Sergio Amadeu da Silveira, sociólogo e ativista da liberdade na rede. De um lado, diz ele, pelas operadoras e provedores, que estão desenvolvendo aplicações personalizadas, com prioridade de tráfego para clientes que paguem por esse privilégio. De outro, por donos de redes físicas de comunicação, acionados pela indústria do entretenimento e da comunicação, que tentam bloquear determinados tráfegos, como a troca de arquivos protegidos por direito autoral nas redes peer-to-peer (P2P). Um passo além, grandes empresas também se unem para adotar travas técnicas (Digital Rights Management, o DRMs) em seus produtos, de modo que somente clientes pagantes possam acessá-los.
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